sexta-feira, abril 27, 2007

Putas tristes em prosaico- PARTE I

Boa tarde minha amiga! Escrevo-te hoje aqui... Encontrava-me cansado de te enviar sms's para o telemóvel. Uma vez que és a única pessoa capaz de ler o meu fastidioso blog, considerei escrever qualquer coisa aqui de forma a quebrar a rotina. Sim amiga! A rotina, o caminho habitualmente trilhado por nós, pessoas ordinárias (como tu te referes a pessoas comuns) surgem religiosamente na nossa triste vida.

Contudo, não é da rotina que te pretendo falar, mas sim do ordinário, do vulgar, do comum de certas individualidades.

Acusam-me a mim de não saber escrever, amiga... No entanto, esses tais, seres ditos detentores de um enorme conhecimento ortográfico, mandam-me uma mensagem hoje com a palavra ressentimentos escrita da seguinte forma: recentimento. Meu Deus! Génios dotados de tal conhecimento literário, não sabem escrever uma palavra prefixada! Lêm muito dizem eles... O que eu acho que eles não sabem ler... Ler, não é ler o escrito, mas sim ler o transmitido... Não estás de acordo? Há que medir, e pesar as palavras! Verificar a quem se destinam, saber mastigar e digerir o condimento que se esconde por trás destas ; e a intenção de de quem as escreve! Sabes qual é o problema? Decerto já saberás, ou talvez não te recordes... Vou-te relembrar! A esses, os ordinários, são apenas propostos alguns trabalhos durante um ano lectivo... A que se resumem esses trabalhos? Nada! Copiar, resumir, copiar, traduzir! Até lhes dão a bibliografia! Pensar? Que é isso? O mais fatigante dos seus trabalhos é encontrar a estante, ou até pesquisar na internet... E são esses os génios da nossa era! Se lhes perguntarem o que acham da regionalização, que achas que te vão perguntar? Não sabes? Eu digo-te! Onde fica a estante de ciências políticas, e acredita, poucos saberão que estamos a falar disso! Sabes o que gostam de fazer? Saír! Sim isso! Embebedarem-se, isso sim é bom! Por vezes, encontrar alguém para durante a noite, se relacionarem num inconsciente e perturbante acto estranho... Já nem precisam de putas! Tanto eles como elas! Putas é um nome para quem recebe por isso. Estes, já o fazem de graça, sem propósito, alcoolizados... Vês? Há muita puta mais digna que isto!

E assim termino. Agora sei porque não compreendem o meu arcaico.

Gostaria de felicitar o aniversário do absurdo! Parabéns! Um dia temos de tomar um café naquele bar perto da minha casa. Gostaria de afiar ainda mais esta conversa!